Anjo Alucinado
Damário Dacruz
um poeta viajante do tempo,
morou em si mesmo,
na moradia do vento.
Desde pequeno,
começou a escrever poesia,
palavras curtas, finas frases.
E passava em sua coluna um frio
e rasurava uma folha em branco
em que escrevia e escrevia poesia
Palavras.
Sílabas harmônicas.
Robson e Fillipe
Brilho
Quando eu comecei a escrever poemas
comecei a sentir o luar de estrelas escarlates.
Vi o sol partindo como se fosse que nunca ia voltar.
Agora, que sou só perda, sou sol, sou mar, sou vida, sou luz.
Sentir meu coração pulsando sem parar.
Meus brilhos pararam. Mais um dia, vão voltar.
Cacos de Vidro
Os cacos de vidro,
cortam os pés do poeta. E enquanto os cortam,
o sangue se espalha pelos cacos.
Esses cacos de vidro vermelho de sangue,
cortam meus poemas.
E no decorrer do tempo,
Cavalo de fogo
Cavalo de fogo!
Que queima no meio do tempo.
Vem! deixe eu lhe montar
e voar para o infinito das estrelas,
estrelas que queimam pelo seu fogo.
Vamos viajar sob o sol,
e andar sobre nuvens.